1.7.13

Existe-me

Água, as vestes de um corpo transparente percolam sobre mim, tingem-me a alma sem descrimento, serás tu? Ou a fobia empalidecida?
Só, o medo, só, o perder translucido, a alma que não chora e a alegria que não alivia...serás tu? Ou a fobia empalidecida?
Cedi, tal qual como as flores cedem ao vento a sua ingressão nelas, eu cedi-te tomar-me em delongas doses e ser-me, oh! Serás por ser ou por merecer?
Digo-te: vivo em acanhos de pálpebras neste momento, deixando ou não que tu, Sol, me percorras o olhar e a mente, a alma e o espirito, pois por mim permitiste que se me instalasse a sensação de emigrante e sou-o, sendo que é de ti e em ti.
Água, o medo de ti? Esse sou eu, por fim, sou, o tudo, o tudo que inala o sabor de nadas...oh! Água, consumi-te e quero-o, quero-o em mais acentuados.
Júpiter