No meio da sensatez pura, fico perdida em mil palavras que te tenciono
dizer, não por não as saber, mas por as saber de cor, bem de mais.
Tu, ser inexplicável, afável, inigualável, incomparável
deixa, deixa que a libelinha fraca volte, volte a reluzir a minha sombra
no mar versátil, e afasta, afasta de mim a cintilação possante que teimas
em reproduzir no mar desconhecido, no mar incógnito, sem saberes.
Deixa, deixa que o mundo te ronde, que o mundo te afogue em mil mares
de circunspeção e que em mim se alvorasse uma onda de saudades que nem eu
consiga tanger a própria, de tanto ardor que ela, espede para o mundo à minha
volta. Deixa, deixa que em nós se cruze mil fronteiras, deixa que a comoção
moral que o meu ser deixou elevar à sua volta sobre ti seja quebrada, deixa,
deixa-me revoar perceção louca!
Deixa, ò se deixa!
Deixa que dois não se torne um, deixa, deixa que a minha caligrafia não
passe disso, de caligrafia…mas, mas ao mesmo tempo nunca me deixes perder nela.
Ser aliciante, ser que eu ainda não descobri o que é, como é e o que faz em
mim, presta ouvidos a estas palavras como se fossem as letras que tentam fluir a música de
um coração, se é que ela existe! Porque sabes, fico por aqui, porque tu, não deixas de ser como o mel, tão doce que depois de muito tempo passar tenho medo que azedes.