5.11.11

O meu lado L

Hoje em dia, uma das palavras mais bonitas do mundo, para a maior parte das pessoas, já não é o que era ontem, e sinceramente, tudo por causa de quem a utiliza como algo banal, tudo por causa de pessoas que a utilizam como um simples facto de agradecimento ou mesmo usando-a quando nunca souberam o que era isso, o que ela significa e a força interior e superficial que ela tem.
Ninguém sabe o constrangimento que se sente quando se ouve alguém dizer que "ama" uma pessoa, mas passado uns dias, é impressionante que ao cortar relações com essa pessoa já "ama" outra, chama-se a isto "amar"?  Ou então pessoas que mesmo noutras situações a usam por pura simpatia, agradecimento (...) sem terem uma amizade assim tão forte para o fazerem. Por pura falta de consciência do valor que essa palavra tem, sem saberem que por trás está alguém a ver e a sofrer, porque tem consciência que não é uma palavra, um sentimento, um toque, um sussurro qualquer, mas sim é um pedaço de algo que se desconhece mas que vale mais do que o significa que lhe dão hoje, que é nenhum, por duro que seja ouvir, é verdade, eles continuam a faze-lo progressivamente.
Estou indignada, e já faz tempo que me sinto assim, mas nunca tive coragem suficiente para o dizer, porque também sei que tenho uma forma diferente de pensar, mas quando chega-se ao limite e ao ponto em que se exagera exageradamente, confesso, que mais vale a pena dizer o que se sente de forma sucinta e rápida do que se esconder de forma alarmante.
Se tanto querem "amar", "amem",  mas verdadeiramente e a seu tempo. "Amem" quem tem de "amar" e o que têm de "amar" , seja pessoas, sonhos ou objectivos de vida, e não até os pedaços de papel que encontram no chão ou uma pessoa que sorriem na rua,  dêm o devido valor a palavra que têm oportunidade de conhecer ao detalhe o que ela é mas nunca conseguir explica-la.
Mesmo que "amem" pouca coisa,  pelo menos "amam" algo de verdade, lembrem-se.
Neste momento, suspiro, querendo reencontrar as palavras certas para conseguir definir coisas impossíveis de se definir, mas é-me impossível e tal como sei, cada um é como é, e o que eu digo não se escreve, isto é o que eu penso, tu, ele, ela, eles ou vocês, podem não pensar da mesma forma.
Só desejo, por fim, que aprendam com os erros, tal como eu tenho que aprender com muitos, evidente,  e que aprendam a aprender a dar valor ao que nunca antes deram, dar valor a algo que se desconhece, não tentando explicar mas cuidar da maneira que querem, mas verdadeiramente.