24.8.11

Expressividade Inevitável


Ontem dei por mim  no desengano da consciência, a perspectiva semi-lunar fez-me entender que vagas memorias do passado faziam do meu presente um tormento de precisos idênticos  Estava bem, apenas me lembrei que o passado nunca se esquece, seja ele qual for, até o de criança nunca se esquece e é claro  sente-se saudade.
Sonhava alto enquanto atravessava mais uma tábua de madeira, prendia as lágrimas enquanto via o por do sol, sorria enquanto via surfistas as tantas da noite no mar, pescadores a beira mar não apanhando peixes, casais em cima das rochas tocando as ondas que os salpicavam enquanto tremiam, animais aos saltinhos na areia atrás dos seus donos  e bastas memorias no meio de um horizonte.
Sentia-me uma miúda, descontrolada, abstraída, tonta e ao mesmo tempo sentia um vazio enorme, algo que me completava, uma lágrima no canto do olho e um sorriso estúpido.
Dei por mim a pensar e entendi que o passado é tão importante e preciso no presente como o presente no futuro.