31.12.12

Do que serei feita ao certo?


Daqui fala quem não quer falar, quem vive a pensar, em demasia, será? Aquela que cheira a ventosa e desliza pelo corpo crente suavemente e em marés silenciosas. Está perdida em mil esquecimentos, daqueles que lhe voltam ao corpo sem pedir cartão de entrada, quer, quer mais que nunca fugir dos estorvos da vida, mas a cada história que conta um lhe entra embalando coração e alma, embalando-a nos braços.
Subirei pedaços de terra e pelarei os calcanhares, soltarei os cabelos embutidos em lembranças, mergulharei direta em memórias e andarei nua a viver instantes de um animal, logo que na contraditória do feito me encontre pelo caminho.