22.9.15

Esquecia-me de ti se não me cheirasse a rosa o ar. A manhã soa-me a tulipas encardidas pelo vapor da fábrica do lado, por suposto o céu ensita-me a poeira ensanguentada e meus pés caldos pisam restos de desgraça humana, mas mais que isto a vontade de te sentir faz-me vislumbrar tulipas musicais pela carência que transpiram a céus claros, com dificuldade em conterem em si qualquer nuvem. E pés, meus e teus entrelaçados no meio do verde prado.